Notícia Aberta
Sejus realiza mais uma etapa da campanha ‘Enquanto o Frio Não Vem’
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Mulheres em privação de liberdade recebem linhas de tricô e crochê para confecção de peças à população vulnerável
Aldenora Moraes, Ascom/Sejus
A secretária Marcela Passamani participou da entrega das doações de novelos e lãs da campanha ‘Enquanto o Frio Não Vem’ | Fotos: Jhonatan Vieira, Ascom/Sejus
Um novelo de linha rosa e uma agulha de crochê na mão são o bastante para a confecção da peça feita pela reeducanda, na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), que recebeu nesta quarta (8), a caixa com as doações de novelos e lãs da campanha ‘Enquanto o Frio Não Vem’. A iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania tem disponibilizado pontos de coleta de linhas, bem como agasalhos e cobertores, para amenizar o frio da população vulnerável. Nesta etapa, a campanha vai contar com o talento de aproximadamente 20 mulheres trans, que têm recebido capacitação em crochê e tricô, na própria unidade penitenciária e têm criado peças para doação.
— ❝A capacitação das reeducandas permite que elas contribuam com a campanha e aprendam um ofício que vai poder inseri-las no mercado de trabalho, posteriormente, e favorecer a ressocialização❞ Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania
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Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, “a doação vai ajudar quem mais precisa ao amenizar o efeito das mais baixas temperaturas do ano, que comumente ocorrem em junho e julho. Ao mesmo tempo, a capacitação das reeducandas permite que elas contribuam com a campanha e aprendam um ofício que vai poder inseri-las no mercado de trabalho, posteriormente, e favorecer a ressocialização”, afirma.
O caminho da ressocialização
A servidora da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (FUNAP), da Sejus, Marileide dos Santos, transmite seu conhecimento às reeducandas. Além de ensinar crochê e tricô, ela também ministra aulas de costura e modelagem. “Costuro há mais de 25 anos, mas a vontade delas em aprender estimula o aprendizado. É gratificante constatar que muitas terão como obter renda com o que aprendem”, explica.
Nesta etapa da campanha as reeducandas irão criar peças para doação
Aproximadamente 180 mulheres em privação de liberdade estudam nos núcleos de ensino da penitenciária e trabalham com costura criando bolsas térmicas, colchas, bags, decorando chinelos e outras peças. O objetivo é proporcionar condições que desenvolvam o protagonismo e permitam um futuro com mais dignidade.
Para a reeducanda Patrícia dos Santos Araújo, a costura vai ampliar suas oportunidades. “Eu nunca tinha costurado, mas gostei. Já aprendi a fazer bolsinhas, colchas, fica tudo muito lindo e, no futuro, vou poder ter uma renda com o ofício que aprendi”, destaca.